Indústria de games movimenta bilhões, atrai novos públicos e transforma o hábito de jogar em carreira promissora
O que começou como um passatempo para adolescentes nos anos 1980, com consoles simples e gráficos rudimentares, hoje se tornou um dos setores mais lucrativos do entretenimento mundial. O universo gamer vive um momento de expansão expressiva, com impacto direto na economia, na cultura e até nas relações profissionais. Impulsionado pela popularização da internet, pela diversidade de plataformas e pelo crescente interesse do público, esse mercado está longe de mostrar sinais de desaceleração.
De acordo com a consultoria Newzoo, o mercado global de games ultrapassou a marca de US$ 180 bilhões em 2023, superando receitas da indústria cinematográfica e da música somadas. O Brasil ocupa lugar de destaque na América Latina, figurando entre os maiores consumidores e também como produtor de conteúdo gamer. A combinação entre acessibilidade tecnológica e paixão por jogos faz com que o número de jogadores cresça a cada ano, tanto por diversão quanto por ambições profissionais.
Jogar também é trabalho
A ideia de que jogar é apenas um lazer está ficando no passado. Com o avanço dos eSports, transmissões ao vivo e plataformas de streaming como Twitch e YouTube, muitos jogadores encontraram uma forma de transformar o hobby em profissão. Hoje, é possível ganhar dinheiro jogando, seja por meio de torneios com premiações milionárias, parcerias com marcas ou criação de conteúdo digital.
Os esportes eletrônicos, em particular, ganharam status de competição profissional, com equipes, técnicos, patrocínios e torcida. Jogos como League of Legends, Counter-Strike e Valorant movimentam campeonatos internacionais que reúnem milhões de espectadores.
Diversidade de plataformas e públicos
Se antes o acesso aos jogos estava restrito a quem possuía um console ou computador potente, hoje o cenário é outro. Os games estão disponíveis em celulares, tablets e até via streaming, o que permite alcançar públicos mais amplos e variados. Jogos gratuitos com possibilidade de compras dentro da plataforma, como Fortnite e Free Fire, democratizaram ainda mais a entrada no universo gamer.
Mercado digital e compra online
A transformação digital também impactou a forma de consumir jogos. A compra online se tornou a principal forma de acesso aos lançamentos, com plataformas e lojas virtuais dos consoles dominando o setor. Além de facilitar o acesso, esse modelo permite promoções constantes e distribuição global instantânea. Antes de comprar seus jogos preferidos, é possível pesquisar se a loja Nuuvem está com promoção boa no app, garantindo preços atrativos.
Desenvolvedoras independentes também se beneficiaram desse formato, podendo lançar seus títulos diretamente para o público sem a necessidade de intermediários. Isso resultou no surgimento de jogos autorais e inovadores, muitos dos quais ganharam destaque internacional.
Profissões além dos controles
O universo gamer não é feito só de jogadores. A cadeia produtiva envolve desenvolvedores, roteiristas, designers, tradutores, dubladores, profissionais de marketing e jornalistas especializados. As faculdades e cursos técnicos passaram a oferecer formações específicas para quem deseja trabalhar no setor, mostrando que os games são uma área séria e promissora do ponto de vista profissional.
Além disso, escolas e terapeutas têm utilizado os jogos como ferramentas de ensino e desenvolvimento cognitivo, desmistificando a visão de que os games são apenas perda de tempo. A gamificação, inclusive, já é adotada em ambientes corporativos para engajar equipes e melhorar resultados.
Um universo em constante evolução
Com tantas transformações em curso, o universo gamer segue em plena expansão, rompendo barreiras e alcançando novos públicos. Seja como forma de entretenimento, seja como carreira, os jogos eletrônicos se consolidaram como parte essencial da cultura contemporânea. Em um mundo cada vez mais digital, jogar não é apenas diversão: é também uma oportunidade de crescimento, expressão e conexão.